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Aprender a Ser
DESAPRENDER…
Na secção do “Aprender a Ser”, falamos hoje de… desaprender.
Não é um engano, não é um trocadilho de palavras.
Para aprendermos realmente a ser, nós, perdidos no ter, no fazer e no crer, temos que desaprender.
Temos que des-construir toda a carga de ilusões que aceitámos como realidades.
Temos que limpar toda a camada de preconceitos que tomámos como verdades.
Temos que questionar toda a ganga de costumes que considerámos normais, sem nos atrevermos a questioná-los.
Temos que reflectir na validade – ou não – de todos os pressupostos e crenças que nunca ousámos pôr em causa.
Temos, ainda, que nos des-identificar com toda a gama de papéis sociais com que nos acabámos por confundir.
Não podemos considerar inútil, pecaminoso ou tempo perdido questionar-nos séria e profundamente acerca do bem fundado – ou não – do que temos tomado como certo e incontestável, com base no assim chamado bom senso, na (pretensa) autoridade, na crença, na aparência, no hábito, no “toda a gente diz que é assim”. Se o senso comum fosse bom, o mundo deveria ser algo de melhor – ou não?
Para não haver dúvidas, deixamos claro que não fazemos a apologia da contestação pela contestação ou da rebeldia (que tantas vezes é outra forma de alienação), de superficialidade e de repetição de lugares-comuns.
Incentivar a pensar por si e a pensar com qualidade – não mais umas banalidades, ainda que aparentemente diferentes – é um nobre desígnio e um meritíssimo trabalho.
É sábio ter a noção de que construção e destruição (des-construção), ou expansão e restrição (como inovação e tradição, ou revolução e conservação), se necessitam mutuamente para o equilíbrio da vida.
José Manuel Anacleto
Presidente do Centro Lusitano de Unificação Cultural